By Redação Cacau News 
O Tribunal do Júri de Itabuna encerrou nesta quarta-feira (27) o longo julgamento de Everaldo Marques de Souza, acusado de assassinar sua esposa, Rayluciene Pereira de Castro Nery, Na época do crime, a vítima, que estava grávida de quatro meses, tinha 36 anos.
O julgamento teve início na manhã do dia anterior e se estendeu até a madrugada do dia seguinte, encerrando por volta das 3 horas. Este se tornou um dos julgamentos mais prolongados na Comarca de Itabuna. Apesar da condenação, Everaldo permanecerá em liberdade enquanto recorre da sentença, o que gerou indignação entre familiares e amigos de Rayluciene, resultando em protestos em frente ao Fórum.
Outra fonte de revolta foi a revelação de que Everaldo havia recebido pensão pela morte da esposa ao longo de todos esses anos, uma vez que Rayluciene era professora da Secretaria da Educação da Bahia. Somente agora, após sua condenação pelo homicídio da esposa, ele perdeu o direito à pensão. Apesar das características coincidirem com o feminicídio, o assassinato de Rayluciene não pôde ser qualificado como tal pelo Júri, uma vez que ocorreu antes da Lei 13.104/15.
Rayluciente foi morta com um tiro na boca em 25 de janeiro de 2019, dentro da casa em que vivia com o marido, localizada no bairro Alto Maron em Itabuna. Everaldo alegou à Polícia que havia saído para ir a uma padaria e trancado o portão da casa. Ao retornar, afirmou ter encontrado a esposa morta. Contudo, o laudo técnico da perícia não constatou sinais de arrombamento ou invasão na residência.
Com Informações Ilhéus.com