Velho é o sol, entretanto, continua sendo a maior fonte de alegria e calor da nossa galáxia.
Velho é o vento, mas produz a brisa que beija a face da criança, a impulsividade do jovem e os cabelos brancos do idoso.
Velho é o oceano, que se renova a cada tempestade e cujas ondas do mar beijam a praia deixa sua espuma branca com o símbolo da paz.
Velho é o gorjear dos pássaros através dos milênios, cujos pardais, com sua sinfonia matinal, acalenta o sono da criança e desperta o adulto para a faina diária da sobrevivência.
Velhas, são as árvores milenares, cujos cedros do Líbano produziram as naus fenícias, fazendo daquele povo os maiores navegadores das civilizações antigas.
Não foi um velho, mas um jovem de 22 anos, chamado Nero, que ateou fogo em Roma, enquanto um homem de 80 anos, chamado Goethe, produziu ” .O.Fausto” uma das maiores obras da literatura universal.
Velho é Deus, que se renova a cada manhã, a cada alvorada e a cada crepúsculo, nas estações do ano, no oxigênio que respiramos, na velocidade do nosso pensamento, porque DEUS é velho, é moço, é criança, é adulto, é homem, é mulher, na obra fantástica da sua criação. Portanto, o que existe é DEUS, que é hoje, ontem e amanhã. Não tem começo e não tem fim. ELE é a criação se perpetuando, se multiplicando sem limite de tempo e de espaço. ELE é o que é.
Paulo Lima – Jornalista e membro da Academia Grapiuna de Artes e Letras( AGRAL) e vice- presidente do Conselho Fiscal do Clube do Poeta Sul da Bahia.