Nesta terça-feira (14) é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes. A data reforça a necessidade de conscientização e prevenção da doença. Nos primeiros nove meses do ano, mais de 4 mil paraenses precisaram ser hospitalizadas por conta do diabetes.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o tratamento está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a população pode procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para obter mais informações.
O atendimento oferece informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos gratuitos, de forma regular e sistemática, a todos os pacientes cadastrados. Para ter acesso é preciso que o paciente passe por consulta com o clínico geral na UBS.
Por se tratar de uma doença progressiva, se não for tratada adequadamente, o diabetes pode provocar doenças cardiovasculares, insuficiência renal, perda de visão e até amputação de membros.
Panorama
Pelos dados até agosto do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (Sisab), do Ministério da Saúde, 445.436 pessoas estão cadastradas como diabéticas
No Pará 4.852 pessoas – 2.484 homens e 2.368 mulheres – foram hospitalizadas em decorrência de diabetes, entre janeiro e setembro de 2023.
Os números correspondem a uma redução de 6,5% em comparação às internações no mesmo período de 2022, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS.
Nestes dois anos, as faixas etárias mais recorrentes na internação foram: 60 a 69 anos; 50 a 59 anos e 70 a 79 anos. Todas as faixas etárias são atingidas, especialmente mulheres entre 55 e 59 anos, e homens entre 60 e 64 anos.
O Diabetes é apontado ainda como a segunda comorbidade mais recorrente entre as pessoas que testaram positivo para Covid-19 no Pará, correspondendo a 2,11% do total de casos confirmados – só perdendo para cardiopatas, com 2,73% – segundo dados atualizados até 9 de novembro deste ano.
Fatores de risco
A equipe da Coordenação de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (CDCNT) da Sespa orienta e capacita os profissionais das Unidades Básicas de Saúde sobre o fluxo de atendimento a pacientes diabéticos.
“São atividades que alertam para a gravidade da doença associada a outros fatores de risco, como hipertensão, inatividade física, alimentação inadequada, obesidade e tabagismo, que geram impactos econômicos e sociais”, explicou Sílvia Corrêa, titular do CDCNT.
Segundo a coordenadora, as ações também incentivam a adoção de uma alimentação saudável e balanceada, e a prática de atividades físicas.
Sílvia Corrêa diz que o fluxo de atendimento para o paciente diabético começa nas Unidades de Saúde com as equipes de Atenção Primária, onde são oferecidas, gratuitamente, ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulina.
Se o paciente apresentar intercorrências nessa fase do tratamento, e dependendo do diagnóstico, pode ser referenciado para unidades de média e alta complexidade, que mantêm atendimento de referência em Endocrinologia.
Com Informações G1.