Morreu neste sábado (17), aos 85 anos, a escritora carioca descendente de galegos Nélida Piñon. Ela estava em Lisboa, capital de Portugal.
O corpo de Nélida será enviado para o Rio de Janeiro, onde ocorrerá o velório. Quem está organizando o processo do translado é a Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual ela era membro e ocupava a cadeira de número 30.
A informação foi confirmada pelo escritor, professor e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) Marco Lucchesi.
“Nélida Piñon, em lágrimas, eu me despeço. Não tenho palavras”, escreveu Lucchesi em seu perfil no Twitter.
Autora de diversos romances e contos publicados em seus mais de 60 anos de carreira literária, Nélida foi, também, a primeira mulher a assumir a presidência da Academia, posto que ocupou em 1996, ano do centenário da academia, e em 1997.
Ela foi eleita para a ABL em 1989 e ocupou, desde a posse em 1990, a 30ª cadeira da instituição, herdada de Aurélio Buarque de Holanda.
Entre suas obras, estão sua primeira novela, “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”, de 1961, os livros de contos “Tempo das frutas” e “Sala de Armas”, além de “A República dos Sonhos”, “A Doce Canção de Caetana” e “O Calor das Coisas”.
Foram 23 livros no total – o último deles, “Filhos da América”, de 2016 -, traduzidos para mais de 30 países, de acordo com as informações da Academia.